São Paulo – Os
professores da rede pública estadual de Sergipe entraram em greve
hoje (16), por tempo indeterminado. Desde a manhã, eles estão em vigília em
frente à Assembleia Legislativa (Alese), em Aracaju, para pressionar deputados estaduais a apoiar a categoria. A reivindicação
é de reajuste do piso salarial nacional para toda a carreira. A
paralisação foi decidida em assembleia na última terça-feira
(10). Nova reunião está marcada para amanhã (17),
às 15h.
Segundo a assessoria de
imprensa do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica da Rede
Oficial do Estado de Sergipe (Sintese), lei complementar sancionada
pelo governador Marcelo Déda, em dezembro do ano passado, reestruturou o
quadro permanente dos profissionais do magistério público estadual
e extinguiu a carreira docente de nível médio.
Para o Sintese, o
governo do estado entende equivocadamente que a lei do piso deve ser
aplicada apenas aos
professores de ensino médio, cuja carreira foi extinta. O sindicato
argumenta que
a medida quebrou a unicidade da carreira docente e impossibilita
o reajuste do piso salarial a todos os trabalhadores, que deveria
ocorrer em 1º de janeiro deste ano. Dessa forma, apenas 500 professores
de nível médio remanescentes tiveram direito ao reajuste do piso de R$
1.187 para R$ 1.451, um aumento de 22,2%. De acordo com a entidade
sindical, mesmo nessa faixa, o pagamento realizado em folha suplementar
em 26 de março causou indignação, porque a atualização paga foi a mesma
para professores de início e fim de carreira.
Se o entendimento do governo estadual prevalecer, os professores com
formação de nível superior ou pós-graduados terão os
salários reajustados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA), na faixa de 6,5%, na data-base da categoria, em 1º
de maio. Os docentes nessa faixa teriam perda de quase 16% com a medida.
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