Brasília Confidencial No 293
Motoristas de veículos usados pelo serviço de combate à dengue na cidade de São Paulo entraram em greve ontem, por tempo indeterminado, porque não recebem os salários há dois meses. O sindicato que representa
a categoria afirma que cruzaram os braços aproximadamente 400 dos 622 motoristas contratados em maio pela empresa Brasil Dez para atender a Secretaria de Saúde do Governo Kassab (DEM).
A Prefeitura culpa a empresa pelo calote alegando que não pode pagar o serviço porque a Brasil Dez não apresentou a documentação necessária para receber. Mas o presidente do Sindicato dos Locadores Individuais, José Antônio da Silva, responsabiliza o governo paulistano. “Se a Secretaria de Saúde sabia desse problema, por que deixou a gente trabalhar clandestinamente todo esse tempo?”, questiona. E avisa:
“Agora só voltamos ao trabalho na hora que depositarem mesmo. Muitos de nós tiraram dinheiro do bolso para botar gasolina no veículo, e ainda temos de pagar pelas prestações, já que compramos os carros financiados.”
Ontem, após decisão tomada em assembleia, os motoristas pararam os carros que servem a 13 subprefeituras.
A crise no transporte dos agentes de combate à dengue na capital ocorre no momento em que o estado enfrenta um dos piores surtos da doença. De janeiro a maio, São Paulo concentrou aproximadamente 25% do total nacional de casos suspeitos de dengue e o maior número de pessoas mortas em consequência da doença.
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