quinta-feira, 29 de julho de 2010

Mercadante na Folhona

Resumo da sabatina de Mercadante na folhona, pela folhona:  


O candidato do PT ao governo de São Paulo, senador Aloizio Mercadante, concentrou-se em duas estratégias, ontem, ao participar de sabatina promovida pela Folha e pelo UOL.

Primeiro, vinculou seu nome aos projetos do governo federal e ao presidente Lula, de quem disse ter uma trajetória indissociável. Em outra frente, atacou as gestões do PSDB, e acusou o partido de tirar vantagem da máquina pública. "Essa estrutura é muito forte. É muito difícil se contrapor a isso."
O candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, será sabatinado hoje, a partir das 11h.

DE SÃO PAULO
O senador Aloizio Mercadante foi sabatinado no Teatro Folha, ontem, pelos jornalistas Fernando Canzian, repórter especial da Folha, Denise Chiarato, editora de Cotidiano, Mônica Bergamo, colunista do jornal, e Irineu Machado, editor-executivo do UOL Notícias. Na plateia do candidato, estavam o presidente do PT de São Paulo, Edinho Silva, e o senador Eduardo Suplicy (PT). Os candidatos ao Senado da aliança, Marta Suplicy (PT) e Netinho de Paula (PC do B) não foram ao evento.

Mercadante minimizou rumores de que a relação com Marta estaria trazendo problemas para a campanha: "Ela foi uma grande prefeita. São Paulo vai eleger pela primeira vez um mulher e um negro para o Senado".

Hegemonia do PSDB
A oligarquia mais longa da história política recente é a do PSDB em São Paulo. Mas as pessoas estão muito insatisfeitas. São Paulo demorou muito tempo para confiar que o Lula seria um grande presidente. O Brasil demorou. A estratégia do medo sempre foi muito presente. E, no entanto, hoje, o Brasil aplaude o governo Lula. Por isso estou muito motivado.

Pedágios
Existe uma cláusula de equilíbrio econômico financeiro nos contratos. Nós podemos prorrogar um contrato reduzindo as tarifas. E, a médio prazo, instalar o sistema de pagamento pelo quilômetro efetivamente rodado. O pedágio ajuda a manter, ajuda. Mas não com preço abusivo. Eles criaram um pedágio a cada 40 dias.

Copa
A primeira coisa que eu vou fazer quando vencer essa eleição é sair do muro. Não dá para governar em cima do muro sempre. Eu definiria o mais razoável, e o mais razoável é o Morumbi. Se a iniciativa privada quiser fazer um outro estádio, o Piritubão, ótimo. Se estiver pronto a gente pode analisar.

Aprovação automática
Vai ter avaliação no meu governo. O ser humano precisa de desafio. Tem que ter avaliação. Não é para reprovar, mas para quando tiver deficiência, você corrigir e implantar uma política verdadeira de reforço escolar.

Professores
Tem que começar pela carreira, pela valorização profissional, e pelo salário. Nós temos um dos piores salários do país. E vou dar um laptop para cada professor. Vou colocá-los no século 21.

Banco estadual
Sou favorável a criar uma agência de desenvolvimento, que faça interlocução com o BNDES, com o Banco Mundial, e ajude a ter linhas próprias de financiamento para projetos estruturantes. Não necessariamente será um banco de investimento. Mas como banco de fomento.

Interiorização
É preciso dar incentivo fiscal para a vocação econômica da região, fonte de financiamento público e projetos estruturantes. E criar um Conselho de Desenvolvimento Econômico Social, o mesmo que o Lula criou, em cada região administrativa.

Segurança
Vamos aumentar a jornada de trabalho da PM. Prefiro pagar mais para o policial trabalhar fardado, aumentando o efetivo. Na Polícia Civil, investir na inteligência.

Drogas
Nós precisamos, dentro do SUS, de um sistema de tratamento de quimiodependentes. E temos que articular política educacional, de saúde pública e de assistência social para enfrentar a droga.

Trem-bala
O PSDB é contra mas é um grande projeto. São R$ 30 bilhões de investimento no período de cinco, seis anos. Isso vai transformar a economia. Vai dar um transporte seguro, barato, e que vai interiorizar o desenvolvimento.

Dossiê em 2006
Não tive nenhum envolvimento, tanto que o Ministério Público disse que não existia nenhum indício de participação do Mercadante. O Supremo, por unanimidade, arquivou e anulou qualquer menção ao meu nome.

Irrevogável
Eu falei o que estava sentindo. "Gente, vou anunciar a minha renúncia e não volto à liderança." Era o que achava que tinha que fazer. E não fiz pelo projeto que representamos e a minha relação com o presidente Lula. Meu sentimento era menor do que a tarefa que tínhamos pela frente.

Infiéis
No PPS, no DEM e no PSC tem prefeito conosco. Por que tem tanta dissidência do lado de lá nos apoiando? Porque as pessoas querem mudar São Paulo. Elas olham o governo Lula e falam: "Nós queremos essa experiência exitosa do Brasil em sintonia com São Paulo".

Habitação
Há áreas ociosas no centro de São Paulo. Se gerar moradia no Centro, vou reduzir a necessidade de mobilidade. Por que o Minha Casa, Minha Vida não chega lá? É muito mais inteligente usar a infraestrutura que está desperdiçada.

Marta Suplicy
Quem faz o jingle é o publicitário, não o candidato. Vou me dedicar muito à eleição da Marta ao Senado. Ela foi uma ministra eficiente e uma prefeita que deixou marcas que o tempo não vai apagar, como o Bilhete Único.

Veja a íntegra da sabatina com Aloizio Mercadante
www.folha.com.br/mm774045


Aqui você pode acompanhar os vídeos da entrevista.
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário