quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Plano Federal Contra Queimadas

Brasília Confidencial No 337

Palco de quase 15.000 focos de queimadas apenas no mês de agosto, o Cerrado vai ganhar a proteção de  um plano destinado, simultaneamente, a reduzir os incêndios e o desmatamento e viabilizar alternativas para  o uso sustentável dos recursos naturais. O Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e  das Queimadas no Cerrado foi lançado ontem pelo Governo Lula e prevê a adoção de medidas ambientais até 2011, com objetivo de alcançar resultados até 2020.
 
“Vamos apertar a fiscalização no sentido econômico e estratégico. Por outro lado, vamos implementar as medidas de prevenção de queimas. Somado a isso, vamos contratar mais 4,5 mil brigadistas dedicados ao Cerrado no próximos cinco anos. Os próximos dois anos serão essenciais para que a gente invista. E temos R$ 350 milhões de vários ministérios”, afirmou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.
 
O plano inclui mais fiscalização nas rodovias, aumento da área de floresta plantada para abastecer de carvão vegetal a indústria siderúrgica, e a contratação de 4.500 brigadistas para prevenir e combater queimadas.

Está prevista também a ampliação, em 2,5 milhões de hectares, das áreas de Unidades de Conservação  federais e a abertura de linhas de crédito rural para recuperar 8 milhões de hectares de pastagens  degradadas e de reserva legal.
 
As áreas definidas pelo plano como prioritárias para as ações anunciadas ontem são as que estão sob  intensa pressão do desmatamento, aquelas consideradas de alta prioridade para a biodiversidade, as de alta  relevância para a conservação dos recursos hídricos e as áreas dos municípios com maior índice de  desmatamento no período de 2002 a 2008.
 
Izabella Teixeira ressaltou que um dos focos de atuação previstos no plano é a capacitação de pequenos agricultores e de populações tradicionais que vivem em áreas de preservação.
 
“Esse plano coloca a agricultura familiar e o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária)  aliados com o programa de investimentos para prevenção de queimadas e incêndios florestais. Vamos  direcionar investimentos para o Incra, não só para assistência técnica dos assentados e das populações  tradicionais que vivem em reservas florestais, mas também vamos investir em capacitação e formação. Parte  dos brigadistas será formada nos assentamentos rurais”.


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