terça-feira, 14 de setembro de 2010

Veja x Erenice - Difícil de Colar

Brasília Confidencial No 335

A ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, pediu ontem à Comissão de Ética Pública da Presidência da  República que investigue as acusações, veiculadas pela revista Veja, de que ela e seu filho, Israel, praticaram  tráfico de influência. Em ofício enviado à comissão, Erenice declara que ela e Israel estão dispostos a abrir os seus sigilos bancário, telefônico e fiscal, se necessário.
 
"Coloco-me à inteira disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais que se façam necessários e que  possibilitem a verificação necessária, por essa Comissão de Ética, da conduta desta servidora pública", diz  um trecho do ofício.
 
Depois de se reunir com seus advogados, Erenice anunciou também a decisão de processar Veja, por  calúnia.
 
De acordo com a publicação, a ministra participou de quatro reuniões intermediadas por Israel com o  empresário Fábio Baracat, com o objetivo de fechar um contrato de prestação de serviços entre a empresa  de transporte aéreo Master Top Airlines (MTA) e os Correios. A revista afirma que o contrato entre a MTA  e os Correios totalizou R$ 84 milhões e que, com a intermediação, o filho de Erenice obteve R$ 5 milhões.
 
Informação de um assessor palaciano, difundida ontem, dá conta de que o presidente Lula chamou Erenice ao Palácio da Alvorada, no domingo à noite, e recomendou que, se as denúncias são infundadas, apresente respostas e provas "o mais rápido possível".
 
Ontem à tarde, o assessor da secretaria-executiva da Casa Civil, Vinícius de Oliveira Castro, pediu  exoneração. Citado por Veja como participante do suposto esquema para beneficiar empresas com  contratos no governo. Vinícius declarou que "repudia todas as acusações".
 
A ECT divulgou nota em que nega irregularidades. Afirma que os contratos com a MTA, para transporte aéreo de cargas, “resultam de processos licitatórios regulares e transparentes”.
 
O diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, determinou que a Corregedoria Geral da PF comece a analisar as denúncias de suposto tráfico de influência para verificar se é da competência da polícia investigar o caso.
 
 

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