sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Aécio Neves Preparando as Malas?

Capa da Revista


A revista Carta Capital, que chega às bancas nesta sexta-feira (17), informa em reportagem de capa a intenção do ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves de deixar o PSDB, "fundar um novo partido e comandar uma oposição moderada".

A reportagem é do editor especial da revista, Maurício Dias. "Aécio Neves, ao tomar decisão de abandonar o tucanato, espelha-se no avô Tancredo (Neves). Será que foi de caso pensado?", diz a revista.


Maurício Dias, editor especial, é o autor da capa da Carta Capital que chegou às bancas nesta sexta-feira (17) com o título: "Aécio deixará o PSDB. O ex-governador de Minas pretende fundar um novo partido e comandar uma oposição moderada". Conversei há pouco com Maurício Dias.
 
Terra - Maurício, embora a pergunta seja óbvia, você tem segurança sobre essa informação que publicou?
Mauricio Dias - Óbvio, óbvio, óbvio. Foi um jantar há duas semanas em Copacabana e tenho testemunhas.
 
Terra - Na casa de quem?
Maurício Dias - Isso eu não posso falar, mas tenho certeza de que vocês conseguem essa informação muito rapidamente.
 
Terra - Qual é o miolo da sua matéria?
Maurício Dias - Trata de um jantar que houve há duas semanas em Copacabana na casa de um empresário.
 
Terra - Sim, estou aqui com a revista. Você diz que em algum momento desse jantar, ele teria dito: "eu vou sair do PSDB", essa é a informação nuclear?
Maurício Dias - Essa é a informação central.
 
Terra - Falei com Aécio há pouco, e ele desmente cabalmente.
Maurício Dias - Claro que a reação do Aécio teria que ser essa de ficar bravo, isso cria algum constrangimento para ele, imagino.
 
Terra - O que mais você conclui nessa sua matéria?
Maurício Dias - Se a gente fosse se mover pela lógica, não há nenhuma novidade em o Aécio sair do PSDB, e é um jeito parecido com o do avô dele, Tancredo, que um dia disse "o meu MDB não é o MDB de (Miguel) Arraes", e daí ele saiu para fundar o PP.

Em tempo, o jantar teria ocorrido na residência do empresário Alexandre Accioly.

Falei há instantes com Aécio, que disse: - Isso é loucura. Tem sempre que se ouvir a outra parte no jornalismo, pelo pouco que sei, e o cara não me ouviu. Não cogito isso, não sei a quem interessa uma especulação absurda como essa a 10 dias de uma eleição em que busco levar o PSDB a uma importante vitória em Minas.

Afirmou ainda Aécio Neves:
- Eu teria que ter tido o direito elementar de me manifestar sobre uma questão grave como essa e a poucos dias da eleição. Não me queixo do direito de jornalistas terem suas informações, que no caso não são verdadeiras, o que me queixo é de não ter tido o direito de ser ouvido, de me manifestar.

Por fim, disse Aécio:
- Não conversei com ninguém sobre esses assuntos porque sequer cogito essa possibilidade. E não sei a quem isso pode interessar.

Agora são 14h52 da tarde de sexta-feira (17). Há poucos minutos, o ex-governador Aécio Neves repetiu:
- Esse jantar nunca existiu e isso não é verdade.

Segundo a reportagem, a frase que se atribui a Aécio Neves teria sido feita durante um jantar, na residência de um empresário, em Copacabana.

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