quinta-feira, 23 de setembro de 2010

LULA Repudia Acusações

Brasília Confidencial No 343

O presidente Lula repudiou ontem, durante comício na periferia de Curitiba (PR), as acusações  oposicionistas de que ele, o PT e Dilma ameaçam a democracia.
 
“Agora inventam o discurso que nós ameaçamos a democracia. Os donos do engenho são os democratas e  os moradores da senzala são contra a democracia.
 
Para eles, democracia era bom no tempo em que a gente podia se reunir em praça pública apenas para gritar que estava com fome. Para nós, democracia é comer, estudar, trabalhar, ter acesso à cultura e lazer. É isso  que incomoda”, afirmou o presidente.
 
A reação de Lula coincidiu com a realização, no centro de São Paulo, de um ato denominado Se Liga Brasil, estrelado por alguns ministros do Governo Fernando Henrique, assim como por dissidentes petistas, anunciado e filmado pela assessoria da campanha do candidato tucano José Serra.
 
O ato foi promovido em nome da defesa da democracia, da liberdade de imprensa e de expressão e dos  direitos individuais.
 
Manifesto lido pelo jurista Hélio Bicudo, dissidente do PT, condenou a participação do presidente Lula na  campanha da petista Dilma Rousseff e a “ação de grupos” que atuariam contra a imprensa.
 
"É aviltante que o governo estimule e financie a ação de grupos que pedem abertamente restrições à liberdade de imprensa, propondo mecanismos autoritários de submissão de jornalistas e de empresas de  comunicação às determinações de um partido político e de seus interesses".
 
Outra personalidade, o advogado Reale Júnior, que foi ministro da Justiça no Governo FHC, acusou o PT  de fazer ameaças a jornalistas.
 
“A imprensa, quando denuncia a corrupção, é transformada no partido da imprensa golpista. Ou seja, não  existe mais liberdade de denunciar aquilo que envergonha o país, que é a maracutaia dentro do Palácio do  Planalto", afirmou.
 
José Carlos Dias, também ministro da Justiça de FHC, disse que se instalou no país o que chamou de um caudilhismo assustador.
 
Em Curitiba, a presidenciável Dilma Rousseff acusou a campanha oposicionista de, “na hora do desespero,  levantar falsidades e mentiras” e “tentar criar clima de ódio no Brasil".
 
Tanto Dilma quanto Lula criticaram também as promessas de José Serra, de aumentar o salário mínimo e o  público beneficiário do Bolsa Família.
 
"Meu adversário vive prometendo, mas a gente tem que sempre lembrar: quando estavam no governo, não  criaram Bolsa Família coisíssima nenhuma, não aumentaram o salário mínimo. Hoje, perto da eleição, vão e  prometem mundos e fundos pensando que o povo é tolo, disse Dilma".
 
 

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