quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Eles Continuarão Tentando

Parece que agora caímos no vale tudo. Todo e qualquer denuncismo vira notícia e manchete de jornais e revistas que tentam a todo custo salvar a eleição para o candidato tucano. Na edição de hoje a folhona baseou-se no depoimento de um ex-presidiário para montar ilações sobre o "tráfico de influência" que segundo a Veja aconteceu na Casa Civil do governo federal. Segundo o meliante todo o dinheiro iria para a campanha da Dilma. Realmente eles estão desesperados. Ninguém vai pará-los? Veja detalhes abaixo.

Do Nassif:

Alguns elementos para tentar entender essa nova denúncia da Folha:
  1. Segundo informações da própria Folha, o acusador Rubnei Quícoli já foi condenado duas vezes em São Paulo (por interceptação de carga roubada e por posse de moeda falsificada). E em 2007 passou dez meses preso. O fato de antecipar as denúncias sobre sua fonte não absolve o jornal. Pelo contrário, é agravante. Quando uma pessoa com tal currículo faz uma denúncia, é praxe de qualquer jornalismo sério ouvir as denúncias e exigir a apresentação de provas.
  2. A única prova que o tal consultor apresenta é um email marcando audiência na Casa Civil e que tem o nome de Vinicius Oliveira no C/C . Todo o restante são acusações declaratórias. Nenhum juiz do mundo tomaria como verdade acusações desacompanhadas de provas, de um sujeito que acaba de sair da cadeia.
  3. O jornal não explica como um sujeito com duas condenações criminais, que passou dez meses na prisão dois anos atrás, pilota um projeto de R$ 9 bilhões. É apostar demais na ignorância dos leitores.
  4. O BNDES é um banco técnico, constituído exclusivamente por funcionários de carreira trabalhando de forma colegiada. É impossível a qualquer pessoa – até seu presidente – influenciar a análise do comitê de crédito. Essa informação pode ser facilmente confirmada com qualquer ex-presidente do banco, de qualquer governo. É só conversar com o Luiz Carlos Mendonça de Barros, Pérsio Arida, Antonio Barros de Castro, Márcio Fortes – que foram presidentes durante o governo FHC. A ilação principal da reportagem – a de que o projeto de financiamento foi recusado pelo BNDES depois da empresa ter recusado a assessoria da Capital – não se sustenta. Coloca sob suspeita uma instituição de reconhecimento público fiando-se na palavra de um sujeito que já sofreu três condenações na Justiça e três anos atrás passou dez meses preso.
  5. Existem empresas de consultoria que preparam projetos para o BNDES e cobram entre 5 a 7% sobre o valor financiado. É praxe no mercado. Confundir essa taxa com propina é má fé. Segundo o empresário que denunciou, Israel apresentou uma proposta de acompanhamento jurídico de processos da empresa, que acabou não sendo assinado. Tudo em cima de declarações.
  6. Ninguém vai negociar propostas ocultas em reuniões formais na Casa Civil, à luz do dia. Só faltava.
Da Folhona:

PERFIL Consultor teve 2 condenações na Justiça de SP

DE BRASÍLIA

O consultor Rubnei Quícoli, representante da empresa que tentava obter o financiamento no BNDES por meio da empresa de lobby Capital, foi condenado em processos movidos pela Justiça de São Paulo sob duas acusações: receptação e coação.

Quícoli recorreu ao Tribunal de Justiça de São Paulo e, em março deste ano, foi absolvido do delito de coação. A Justiça substituiu a pena de um ano de reclusão por receptação por prestação de serviços comunitários.

Quícoli foi denunciado, em maio de 2003, por ocultar "em proveito próprio e alheio" uma carga de 10 toneladas de condimentos, que "sabia ser produto de crime de roubo". Em 2000, após denúncia anônima, o consultor foi acusado de receptação de moeda falsa num posto de gasolina em Campinas.

A polícia apreendeu no posto sete notas de R$ 50,00. Quícoli afirmou não saber a procedência. Em 2007, Quícoli foi preso e passou cerca de dez meses na prisão. Os donos da EDRB, Aldo Wagner e Carlos Marcelo Mello Escarlassara, não têm passagens pela polícia nem condenações.


Rapidamente estão sendo montadas as peças desse quebra-cabeça da armação do tal "empresário" condenado com a Folha de São Paulo.

Agora mesmo o BNDES soltou um comunicado sobre o pedido de financiamento de R$ 2,25 bilhões.

Para pedidos dessa ordem, em geral os pretendentes a financiamento procuram dirigentes do banco e fazem uma exposição do projeto, assim como de sua empresa e do que pretende fazer.

No entanto, esse pedido de R$ 2,25 bilhões foi simplesmente deixado no protocolo do banco, na portaria da sede. Não houve o comparecimento de diretores da tal empresa. E não havia a menor possibilidade do projeto ser aprovado. O porte da empresa era incompatível com o financiamento pretendido. Sequer se tinha o local onde deveria ser instalado o tal empreendimento.

Comunicado do BNDES 

Em função de reportagem publicada na edição desta quinta-feira, 16 de setembro, do jornal Folha de S. Paulo, o BNDES vem a público declarar que:

Repudiamos a insinuação de que o Banco poderia estar envolvido em um suposto esquema de favorecimento para a obtenção de empréstimos junto à instituição e consideramos que a tese demonstra um total desconhecimento quanto ao funcionamento do BNDES. O projeto em questão foi rejeitado pelo Comitê de Enquadramento e Crédito do BNDES, órgão interno do Banco, formado por seus superintendentes. A aprovação por esse colegiado é condição básica e necessária para que qualquer pedido de apoio financeiro seja encaminhado para análise.

Na reunião semanal do Comitê ocorrida em 29 de março deste ano — e na qual o projeto em questão foi apenas um dos itens discutidos —, o pedido foi negado. A decisão foi tomada pelos 14 superintendentes presentes à reunião, todos funcionários de carreira da instituição.

O projeto da EDRB foi encaminhado ao BNDES por meio de carta-consulta, solicitando R$ 2,25 bilhões (e não R$ 9 bilhões como afirma a reportagem) para a construção de um parque de energia solar. O BNDES considerou que o montante solicitado era incompatível com o porte da referida empresa. Além disso, a companhia não apresentou garantias e não havia local definido para a instalação do empreendimento (essencial para o licenciamento ambiental), não atendendo, portanto, a pré-requisitos básicos para a concessão do crédito.

Qualquer aprovação de financiamento pelo BNDES passa por um processo de análise que envolve mais de 30 técnicos de carreira da instituição, além da consulta à Diretoria do Banco. Esse rigor técnico tem como consequência um índice de inadimplência de 0,2%, muito inferior à média do sistema financeiro brasileiro, público e privado.



Por Andre Borges Lopes

Nassif, há outra coisa que não bate nessa história mal contada. Refere-se ao e-mail da Synergy que "provaria" o pedido de propina.

No tal e-mail que tem como cabeçalho "Dados Solicitados" o remetente diz textualmente "Nesse contexto, peço a gentileza que, tão logo possível, encaminhe minuta do contrato para levarmos ao jurídico e providenciarmos o preenchimento da respectiva nota fiscal. Solicito ainda, a gentileza de aguardar o envio da nota fiscal para realização do depósito em conta corrente".

Ora, eu entendo desse texto é que a consultoria Synergy está enviando os seus dados fiscais e bancários que foram solicitados para que a empresa do Rubinei elabore uma minuta de contrato e remeta essa minuta para avaliação do depto. jurídico da consultoria.

Aprovado o contrato, quem vai emitir uma nota fiscal é a Synergy, contra a empresa do Rubnei.

Mas o texto da Folha diz o contrário:

"No dia 6 de maio, um email foi enviado a Quícoli, segundo ele, por Vinícius, sobre esse contrato extra. A mensagem trazia orientação para que fossem emitidas notas fiscais em nome da Synergy, outra consultoria de Brasília, cujo dono é Adriano da Silva Costa -o mesmo que consta da minuta de contrato como procurador da Capital. A EDRB diz que, de novo, se negou a fazer o pagamento."

Alguém pode me explicar porque cargas d'agua uma empresa precisa EMITIR uma nota-fiscal para FAZER UM PAGAMENTO.

Supondo que seja mesmo o contrário: a tal consultoria Synergy iria emitir uma nota-fiscal de R$ 5 milhões referente ao pagamento de propina para a "dama de ferro" quitar suas dívidas? E receber a propina por meio de depósito numa conta do Banco do Brasil?

Ou essa turma toda é um bando de loucos e vigaristas, ou a história inteira é um grande 171.


É.....O DESESPERO CRIA SITUAÇÕES INIMAGINÁVEIS. E AINDA FALTAM 17 DIAS PARA AS ELEIÇÕES. O QUE VEM AMANHÃ??????



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