sábado, 7 de janeiro de 2012

E o ano novo só teve uma semana

Ontem tivemos na Câmara Municipal de Salto uma sessão extraordinária para a votação de dois projetos encaminhados pelo executivo municipal. Ontem, dia 06 de janeiro de 2012.

Um dos projetos instituía o FUMDEMA - Fundo Municipal para o Desenvolvimento do Meio Ambiente. Tema polêmico e complexo, não teve nenhuma discussão mais profunda. Por conta disso o vereador Willhes pediu o adiamento da votação para maiores estudos e aprofundamentos. Teve o apoio de dois vereadores: Garotinho e Araldo. Os demais tinham pressa em votar a matéria e não concordaram com a proposta. 

O outro projeto propunha uma série de alterações na lei 2.810/2007 - o Regulamento do Magistério. Vários artigos que ajustavam e atualizavam a referida lei. Na negociação interna a Secretaria da Educação tentou criar uma legislação que garantisse uma política salarial específica para o magistério. Foi vencida e tal proposta não foi encaminhada para a Câmara Municipal. 

Uma das propostas encaminhadas e defendidas pelos vereadores aqui já destacados era a de um reembolso financeiro aos diretores, assistentes de direção e coordenadores pedagógicos de nossas escolas por conta dos constantes deslocamentos que os mesmos fazem para poder administrar suas escolas. Para quem não sabe nossos CEMUS - Centro de Educação Municipal de Salto - são, na prática, um centro mesmo: uma sede e várias vinculadas onde acontecem todos os segmentos educacionais do município. E a equipe de gestão (diretor, assistentes e coordenadores pedagógicos) obrigatoriamente precisam administrar todos os segmentos em seus diferentes locais. Por conta disso nas negociações internas, além de uma política salarial específica para o magistério, defendemos o referido reembolso, que seria previamente definido enquanto custo por kilometragem e os percursos elaborados em regulamentação da secretaria, para cada unidade escolar. A proposta encaminhada previa um custo por km rodado de $ 0,80. 

A pedido dos vereadores Garotinho e Willhes, fizemos um demonstrativo de quanto isso provocaria de investimentos mensalmente: a partir dos estudos de distâncias e considerando três visitas por semana de todos os envolvidos em cada prédio de sua unidade escolar, chegamos ao valor de $ 8.000,00 por mês. Esse valor seria distribuído entre os que fazem parte das equipes de gestão da secretaria, o que corresponde a cerca de 80 pessoas. Para efeito de comparação, a folha de pagamento da educação em Salto é de $ 1.700.000,00 mensais. 

Um dos vereadores propôs emenda derrubando essa proposta. Só não foi seguido pelos vereadores Garotinho, Willhes e Araldo. Todos os demais presentes também votaram pela derrubada da proposta. 

O que mais se lamenta é o jargão que está na boca de todos os políticos: educação é prioridade!!!

3 comentários:

  1. Taísa Gasparini Rizo8/1/12 18:21

    Engaçado é que quando é para votar no próprio aumento salarial, todos são a favor...
    Sem contar que o referido reembolso hoje é custeado pelos póprios membros da equipe gestora... pena!

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  2. E a história, minha cara, não termina ai. Outras duas emendas ao projeto também foram aprovadas: uma que suprimiu a aprovação pelo CME de critérios de avaliação para as equipes de gestão e outra que acrescentou o óbvio: os substitutos dos coordenadores e assistentes terão que ser da própria unidade....

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    1. Taísa Gasparini Rizo16/1/12 00:24

      Rir ou chorar???
      Não, melhor: eleger para o próximo mandato vereadores competentes e defensores da Educação!

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