quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

O uso das enchentes

Do Conversa Afiada

Saiu na Agencia Brasil:
Bezerra nega favorecimento de Pernambuco no repasse de verbas de prevenção de desastres
04/01/2012

Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, negou hoje (4) que tenha beneficiado seu estado natal, Pernambuco, no repasse de recursos de prevenção de desastres naturais. Em 2011, Pernambuco recebeu R$ 98 milhões para projetos de prevenção, quase metade de toda a verba para ações desse tipo repassada pela Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec) aos estados, de R$ 216 milhões, segundo dados do ministério.

“Não existe política partidária, miúda, pequena. Não posso aceitar discriminação contra nenhum estado, não se pode discriminar Pernambuco por ser o estado do ministro, não é correto”, defendeu-se, em longa entrevista coletiva.

Segundo Bezerra Coelho, Pernambuco foi o estado que apresentou os projetos mais urgentes e a seleção foi feita com base em critérios técnicos, com aval da Casa Civil da Presidência da República e do Ministério do Planejamento. “Pernambuco estava com projetos prontos, porque teve um dos maiores acidentes naturais da história deste país em 2010. Mais de 18 mil famílias foram desabrigadas ou desalojadas, mais de 80 mil pessoas foram atingidas, hospitais, escolas, pontes foram destruídos”, justificou.

Na lista de repasses de recursos de prevenção da Sedec a estados e municípios em 2011, São Paulo e Espírito Santo aparecem em seguida, com R$ 40 milhões e R$ 16 milhões, respectivamente.

Na avaliação do ministro, os recursos da Sedec não são o melhor parâmetro para avaliar a distribuição de verbas para prevenção de desastres naturais, porque, segundo ele, a maior parte do dinheiro está ligada ao orçamento do Ministério das Cidades, e não do Ministério da Integração.

“Não se pode fazer a leitura dos investimentos de prevenção fazendo apenas a leitura os recursos da Sedec, isso não é dizer toda a verdade. A verdade inteira é que os recursos de prevenção do governo estão, de forma muito mais ampla, no Ministério das Cidades, que tem R$ 11 bilhões para seleção de projetos relativos à prevenção, principalmente para proteção de morros e reforços de encostas”, comparou.

Em longa apresentação, o ministro ainda detalhou os repasses de recursos de assistência a vítimas de desastres e de reconstrução, que também estão ligados ao Ministério da Integração.

Bezerra Coelho estava de férias até a próxima segunda-feira (9), mas decidiu interromper a folga a e voltar hoje a Brasília, segundo ele, para acompanhar a situação das chuvas que atingem a Região Sudeste. “Em função da intensificação do quadro de chuvas, principalmente em Belo Horizonte, e após conversar por telefone com secretário Humberto Viana [secretário nacional de Defesa Civil], e com a ministra Gleisi Hoffmann [Casa Civil], tomamos a decisão de voltar a Brasília para checar todo o trabalho que deixamos encaminhado”, disse ele.

Clique aqui para ler : “PiG mente sobre enchente. Gleisi não interveio”


Saiu no Tijolaço, onde o Fernando Brito não pisca:
Pergunte ao Alckmin porque dinheiro anti-enchente não foi para São Paulo



Parece que o Estadão é de algum outro ponto do planeta, e não de São Paulo.

De outro modo não poderia acusar o Ministro da Integração Nacional de estar beneficiando Pernambuco com a liberação de R$ 25,5 milhões para a construção – Cupira e Gatos – em cidades a quase 200 km de Recife - por supostos interesses eleitorais na capital pernambucana. E, muito menos, por estar beneficiando Petrolina, cidade da qual já foi prefeito, que está a mais de 600 km das barragens.

Mas, sobretudo, porque o Estadão sabe que só numa obra, o Governo Federal – e o próprio Ministro Fernando Bezzera Coelho – destinaram mais recursos à prevenção de enchentes em Franco da Rocha – governada por um tucano, Marcio Cecchettini, e a apenas 40 km de São Paulo – do que aquela liberação sobre a qual lançam suspeitas. São R$ 28,5 milhões dos R$ 51,2 milhões necessários para construção de quatro piscinões em Franco da Rocha.

Mas publica que “a construção de reservatórios para conter cheias na região metropolitana de São Paulo, ação que teve R$ 31 milhões de gastos autorizados pelo Orçamento de 2011, não recebeu nenhum tostão”.

E porque não recebeu? Porque o Governo do Estado assinou o convênio só em outubro do ano passado e até agora nem sequer abriu a licitação para fazer a obra. Como o projeto estava pronto, não se sabe a razão da demora. O Estadão, claro, nem pergunta a razão de – convenio assinado – já se terem passado dois meses sem o lançamento do edital pelo Governo do Estado. Em Pernambuco, o edital saiu muito mais rápido, dez dias depois do convênio, em maio e em agosto foi dada, pela Presidente Dilma, a ordem de serviço para o início da obra, com as desapropriações necessárias.

Por isso – apesar da nota de esclarecimento do Ministério, reproduzida no Conversa Afiada – já ter colocado os pingos nos ii – reproduzo aí em cima o discurso de Alckmin na assinatura do convênio, onde é só elogios pela ajuda federal, não reclama de atrasos e até elogia os auxiliares do ministro, que sabiam de cor o andamento do processo de liberação do convênio.


E para encerrar o comentário do Conversa Afiada

O jornal nacional, o Bom (?) Dia Brasil e o jornal O Globo insistem em ignorar as explicações de Bezerra Coelho, Ministro da Integração.

Clique aqui para ler “Ministro afoga o PiG na enchente. O PiG mente”.

O que a Globo fez entre quarta e quinta-feira é uma velha operação de verão.

São as Águas de Março do Ali Kamel.

Quando chove fora de São Paulo, a culpa é do Lula e da Dilma.

(Agora, de Eduardo Campos, Governador do Estado do Privilégio, Pernambuco.)

Quando chove em São Paulo, a culpa é de Deus, como dizia o então governador (?), Padim Pade Cerra, antes de ser afogado pelo Amaury.

Agora, o Ali Kamel magnifica a tragédia cíclica do verão brasileiro.

Se enche em Minas e no Rio em 2012, a culpa é do Eduardo Campos, porque levou todo o dinheiro para Petrolina.

O que o Ali Kamel não conta é que parte do dinheiro da enchente o Sérgio Cabral entregou à Fundação Roberto Marinho, não é isso, amigo navegante ?

O Bezerra Coelho pode se esgoelar, abrir as contas (por que não se abrem as contas do “contas abertas” ?), que não adianta.

O alvo não é ele, nem a Dilma.

Porque na Dilma isso não cola mais.

O alvo é o Eduardo Campos, de quem Bezerra Coelho foi o competente Secretário que ajudou a fundar Suape, essa revolução que Eduardo Campos plantou à beira mar, perto de Porto de Galinhas.

O alvo é o PSB, de Ciro Gomes, cuja capital, Fortaleza, o PiG (*) quis transformar numa Praça Tahir.

O PSB é aliado de Dilma e do Lula.

O Nunca Dantes tratou de aposentar o Marco Maciel em Pernambuco e o Tasso tenho jatinho porque posso no Ceará.

Crimes inafiançáveis – para a Globo.

Eduardo Campos pode, perfeitamente, ser o vice da Dilma, em 2014.

Eduardo Campos pode suceder Dilma, em 2018.

A Globo precisa abatê-lo, antes que se torne poeta federal.

(Manuel Bandeira, pernambucano, distinguia os poetas em municipais, estaduais e federais. O Padim Pade Cerra, por exemplo, nunca passou de poeta estadual. Nunca passou de Resende, mesmo com a ajuda do PiG (*).)

Eduardo Campos já disse que não é necessária uma Ley de Medios.

Que o controle remoto é a melhor arma da Democracia.

O Palocci também ajudou muito a Globo.

Palocci tem uma fixação por controles remotos (de contas bancárias alheias, por exemplo).

A Dilma chegou a dizer – em reunião reservada, na frente do Palocci -, na campanha presidencial, que o Palocci tinha sido o “salvador”da Globo.

E o que fez a Globo com o Palocci ?

Enforcou o Palocci duas vezes – no caseiro e na “consultoria”.

A Globo não perdoa.

Você vende a mãe mas não vende os interesses – dizia o Dr. Tancredo.

O correligionário do PSB, o Ciro Gmes, sabe o que é a Globo, numa campanha presidencial.

Quando a Miriam Leitão o entrevistou no pelotão de fuzilamento do Bom (?) Dia Brasil.

Ele se lembra, porque o Ciro tem uma memória prodigiosa.

Não adianta fazer um acordo de poeta estadual com a Globo – em Recife ou em Fortaleza.

Quando chega no plano Federal, a Globo joga o jogo dela – o do Golpe !

A chuva de 2012 vai colar nas costas do Eduardo Campos.

Como a de 2010 foi do Lula e a 2011, da Dilma.

Ali Kamel manda descer as imagens do ano anterior e só muda o locutor.

(A Patrícia Poeta susbtituiu as sobrancelhas editoriais da Fátima Bernardes pela contração dos lábios editoriais, ao fim das reportagens. Para deixar claro ao Kamel que acha aquilo tudo “uma vergonha !”.)

(Quem tem também uma “linguagem corporal” conspícua é a Zileide Silva, do Bom (?) Dia Brasil, em Brasília. Lembra muito o Rod Steiger, aquele que melhor absorveu as lições do Actor`s Studio. A simples respiração é um adjetivo !)

Mas, o Ali Kamel é incansavel.

Ele já tem na bica a “epidemia” da dengue, outra arma fulminante contra governos trabalhistas, no verão.

Aí, seria bom o Kamel dar uma olhada no que aconteceu com a Folha (**), que pagou caro por disseminar uma “epidemia” que não houve.

O Eduardo Campos e o PSB quando começam a sair da toca são recebidos com a saudação de “benvindos” da Globo.

Bastam a Patrícia Poeta e a Zileide Silva para afogá-los a meio caminho do Alvorada.

Com ou sem controle remoto.

Clique aqui para ler “SP não teve competência para receber $ da enchente”.


Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a  Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

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