Do Blog do Planalto
O Ministério do Planejamento informou hoje (6) que o governo federal
está trabalhando para evitar a recorrência de tragédias provocadas pelas
chuvas e enchentes por meio do aprimoramento da gestão e da liberação
de recursos, deixando de atuar apenas nos momentos em que ocorrem. Em
nota, o Ministério cita o repasse de R$ 1,429 bilhão, em 2011, para
drenagem de rios em áreas de enchentes em todo o país. Os estados de São
Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais receberam 63% do valor repassado
pelo Ministério das Cidades.
Além da liberação de recursos, o governo federal investiu no
aprimoramento da gestão com a criação do Centro Nacional de
Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemanden), focado no
monitoramento das condições climáticas, e do Centro Nacional de
Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenadc).
Para a região serrana do Rio, fortemente atingida pelas chuvas em
janeiro de 2011, o governo federal também liberou R$ 320 milhões para
contenção de encostas e drenagem de rios, R$ 415 milhões por meio do
BNDES para financiar a reconstrução de empresas e a recuperação de
estoques, e R$ 330 milhões para a contratação de seis mil unidades
habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida.
Na nota, o Ministério do Planejamento lembra a enchente ocorrida em
junho de 2010 que atingiu Pernambuco e Alagoas ao longo da bacia dos
rios Una, Sirinhaem, Piranji, Mundaú e Canhoto, levando 99 municípios a
declararem situação de emergência. As chuvas causaram 46 mortes e
deixaram 434.555 pessoas afetadas, das quais 98.460 desalojadas nos dois
estados.
Segundo o Ministério, após as ações emergenciais, os governos federal
e estaduais começaram a discutir medidas para prevenir novas tragédias.
A solução apontada foi a construção de cinco novas barragens que
receberiam do governo federal metade dos recursos necessários para
execução das obras. Os recursos para a construção das barragens de
Panelas II, Gatos e de Serro Azul, no estado de Pernambuco, foram
repassados pelo Ministério da Integração por meio de crédito
extraordinário autorizado por Medida Provisória, uma vez que as obras
tinham caráter preventivo de risco.
“Esse é um procedimento usual para obras relacionadas à risco”, explicou o Ministério do Planejamento.
As barragens de Panelas II e Gatos estão em obras e já tiveram
desembolso de R$ 22,6 milhões. A de Serro Azul teve sua licitação
concluída em dezembro e aguarda o licenciamento ambiental para seu
início.
“Esse procedimento mostra com clareza que o governo federal está trabalhando para evitar a recorrência dessas tragédias, deixando de atuar apenas nos momentos em que elas ocorrem”, afirma o Planejamento na nota divulgada à imprensa.
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