A presidente Dilma Rousseff e a grafiteira carioca Panmela
Castro são as representantes brasileiras que figuram na lista das ‘150
mulheres que abalaram o mundo’, publicada nesta semana pela revista
americana Newsweek. “De Detroit (EUA) até Cabul (Afeganistão),
essas mulheres estão fazendo com que suas vozes sejam escutadas”,
descreveu a publicação sobre as governantes, atletas, jornalistas e
ativistas que compõem o seleto grupo.
A escolha de Dilma foi baseada também por sua militância
política contra a ditadura. “Elas são chefes de Estado e chefes de
família, manifestantes iradas nas praças das cidades e iconoclastas em
aldeias remotas. Com borbulhante energia, mulheres estão construindo
escolas, abrindo empresas, combatendo a corrupção, experimentando novas
tecnologias e demolindo velhos preconceitos. Cada vez que uma mulher ou
uma menina assume o controle de sua vida, o padrão de vida local ascende
e os valores dos direitos humanos se ampliam. Portanto, a partir deste
ano, Newsweek e The Daily Beast vão homenagear heroinas locais e a crescente rede de mulheres poderosas que apoiam seus esforços”.
A escolha de Dilma foi, segundo a revista, baseada não apenas por ser
a primeira mulher a ocupar o cargo de presidente do Brasil, mas por sua
militância política.
Chamada de “dama de ferro” por seu estilo firme, Dilma Rousseff é a
primeira mulher a ocupar o posto. Na juventude, ela atuou nos movimentos
de resistência de esquerda contra a ditadura militar brasileira e foi
presa e torturada. Com a volta da democracia, ocupou diversos cargos,
até tornar-se ministra no governo Lula, primeiro das Minas e Energia e
depois chefe da Casa Civil.
Já a carioca Panmela aparece na lista por seu ativismo social. Da
América Latina, também fazem parte da lista a presidente da Argentina,
Cristina Kirchner e a ex-mandatária do Chile, Michelle Bachelet, agora
diretora-executiva da agência ONU Mulheres,.
Os Estados Unidos dominaram a lista com 53 mulheres, entre as quais,
Oprah Winfrey, Meryl Streep, Angelina Jolie, Lady Gaga e Hillary
Clinton. Entre as representantes de outros países estão a a chanceler
alemã Angela Merkel e a diretora-gerente do Fundo Monetário
Internacional, Christine Lagarde.
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