As despesas do governo brasileiro com cada aluno dos ensinos primário e secundário quase dobraram entre o início do Governo FHC (1995) e o primeiro ano do segundo mandato do presidente Lula (2007).
Os gastos com educação, que ficaram limitados a 3,7% do Produto Interno Bruto no período 1994-2000, cresceram para 5,2% do PIB em 2007. Já a parcela do orçamento brasileiro destinada à educação passou de 11,2%, em 1995, para 16,1%, em 2007.
Todos esses dados estão expostos no relatório “Olhares sobre a Educação 2010”, em que a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE) analisa a situação do ensino em 31 países membros e em mais sete parceiros.
Dos 38 países analisados, o Brasil é um dos quatro em que os gastos com educação superior aumentaram mais do que 0,8 ponto percentual do Produto Interno Bruto. Os outros são o Chile, a Dinamarca e os Estados Unidos.
O documento da OCDE informa ainda que a taxa de desemprego entre os brasileiros que concluíram o 2º grau (6,1% da população economicamente ativa) é maior do que entre aqueles que não terminaram (4,7%). Segundo o economista Etienne Albiser, da OCDE, uma das prováveis razões desse paradoxo seria a alta taxa de desemprego entre mulheres que concluíram o 2º grau. Essa taxa é de 8,5% aqui, enquanto a média nos países da OCDE é de 5%.
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