terça-feira, 31 de agosto de 2010

Ação Contra Delegados da Ditadura

Brasília Confidencial No 326

O Ministério Público Federal entrou ontem com ação na Justiça pedindo o afastamento imediato e a perda dos cargos e aposentadorias de três delegados da Polícia Civil paulista acusados de participação direta em  atos de tortura, abuso sexual, desaparecimentos forçados e homicídios, em serviço e nas dependências de órgãos da União, durante o regime militar (1964-1985).

A ação pede a responsabilização pessoal de Aparecido Laertes Calandra e David dos Santos Araujo –  agora aposentados - e de Dirceu Gravina, ainda na ativa. E pede também que eles sejam condenados a  reparação por danos morais coletivos e restituição das indenizações que receberam da União.
 
Calandra, Araújo e Gravina atuavam no DOI-Codi, respectivamente, com os codinomes de capitão  Ubirajara, capitão Lisboa e JC. Eles foram reconhecidos por várias vítimas ou familiares em imagens de  reportagens veiculadas em jornais, revistas e na televisão. Os seis procuradores da República que  propuseram a ação colheram relatos de ex-presos políticos e de seus familiares vítimas dos três policiais,  além de reunir depoimentos retirados de documentos como processos de auditorias militares, arquivos do  Dops e livros, entre eles "Brasil: Nunca Mais" e "Direito à Memória e à Verdade".
 
A ação é assinada pelos procuradores Marlon Alberto Weichert, Eugênia Augusta Gonzaga, Luiz Costa,  Sergio Gardenghi Suiama, Adriana da Silva Fernandes e Jefferson Aparecido Dias. 

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