No mundo da mágica e do encantamento
GABRIELA ALBUQUERQUE
Enviada especial a Salto (SP)*
- "Enquanto Houver Encanto"
Mas a Sarah, que tinha acabado de chegar de Guarulhos com a mãe Lucelena Gomes e os irmãos gêmeos Lucas e Matheus, 8 anos, nem ficou chateada. Enquanto descia as escadas pra conseguir um lugar na primeira fila, ela explicou que gostava muito de princesas e da boneca Barbie, mas que também ia gostar de ver um espetáculo de mágica. "Acho que também vai ser legal ver umas mágicas hoje". E o espetáculo começou. Será que ia mesmo encantar?
Com 25 truques de mágica, um após o outro, o mágico em cena não diz nenhuma palavra durante toda a apresentação. A voz fica por conta da plateia, que o tempo todo faz questão de falar com ele: "ali atraááás", gritam pra mostrar onde estava a luz vermelha, que tinha desaparecido da cena, ou "joga, joga, joga!" quando ele ameaça jogar um pouco de água no público. Ele se mexe, brinca com luzes e se faz entender o tempo todo com gestos, caras e bocas e imitação de animais como macaco, tigre e cobra. Na hora da cobra, de uma das fileiras veio a frase, quase como um aviso de que tinha choro vindo por aí: "mãe, acho que estou ficando com bastante medo". Mas logo o medo passa. O mágico-cobra desce do palco e vai para a plateia interagir com a crianças, que parecem adorar e tentam encostar nele como podem.
- Os irmãos Sarah, Lucas e Matheus com o mágico Ricardo Malerbi
No final do espetáculo, Malerbi conversou com o UOL Crianças e disse que o mais legal de fazer mágica pra garotada é, justamente, ver como se encantam. "É muito legal ver o rosto das crianças na plateia", disse.
A Sarah, que chegou no teatro perguntando sobre as princesas, saiu dali encantada com tanta mágica. Um bom sinal de que enquanto houver encanto está tudo certo.
*Viagem a convite do Festival Infantil de Teatro de Salto (SP)
Nenhum comentário:
Postar um comentário