sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Trololó do Vazamento

Do Tijolaço

Esta mal contada história de violação do sigilo fiscal de alguns contribuintes, entre eles alguns tucanos de alta plumagem, parece se encaminhar para o que ela realmente é em termos políticos: nada.

A investigação da corregedoria da Receita Federal aponta para um esquema de compra e venda de informações, sem nenhum envolvimento do governo ou partidário, com pagamento de propinas pelo acesso à renda de alguns endinheirados.

Tudo indica que se trata de crime comum, e a Receita vai representar contra duas servidoras da delegacia de Mauá, na região metropolitana de São Paulo, por indícios de envolvimento no esquema de compra e venda de informações por alguém de fora da Receita, talvez interessado em fazer extorsão.

Com base nas investigações, o secretário e o corregedor-geral da Receita descartam qualquer motivação política na quebra de sigilos fiscais, que envolveu 140 pessoas, entre elas a apresentadora Ana Maria Braga e os donos das Casas Bahia.

Serra vai continuar explorando o assunto com o seu trololó habitual, fundamentando suas acusações de envolvimento da campanha de Dilma no episódio em fontes “idôneas”, como a Folha de S.Paulo, segundo afirmou hoje em discurso para empresários.

O curioso é que, quando Serra foi candidato em 2002 e surgiu a história de que Ricardo Sérgio de Oliveira,coletor de fundos para campanhas do PSDB e um dos que agora tiveram seu sigilo violado, teria  cobrado propina do empresário Benjamin Steinbruch, por ocasião da privatização da Vale do Rio Doce, Serra disse – olhem como é novo isso – “trololó e tititi” e disse que não se podia fazer acusações políticas, sem provas.

Quem tiver dúvidas, procure ler o que a insuspeita Veja publicou naquela ocasião, aqui e aqui.

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