Do Tijolaço
Enquanto informa pouco sobre a necessidade de dois documentos para poder votar na próxima eleição, o TSE esquece dos problemas de segurança da urna eletrônica, que assegura serem inexistentes.
Mas agora um grupo de pesquisadores quebrou em mais de uma forma a segurança da urna eletrônica indiana, muito semelhante à brasileira, provando sua violabilidade. E a polícia indiana, indignada com a prova da fragilidade de sua urna eleitoral, tenta prender o ativista Hari Prasad, que atuou junto a pesquisadores da universidade de Princeton para mostrar que a urna era violável.
Na coluna “Dia a dia, bit a bit”, no Terra Magazine, Silvio Meira, que sempre questionou a segurança das urnas brasileiras, consultou um integrante do Comitê Multidisciplinar Independente, que fez um relatório sobre o processo eleitoral brasileiro.
O engenheiro Amílcar Brunazo Filho, 60 anos, perito em urnas eletrônicas, respondeu à consulta com um texto de pureza cristalina, que merece leitura integral.
Destaco aqui alguns dados fundamentais. As urnas eletrônicas do Brasil e da Índia são as únicas de primeira geração ainda usadas em larga escala. Esses equipamentos não atendem ao “Princípio da Independência do Sotware em Sistemas Eleitorais”, o que significa que não permitem uma conferência da apuração de forma independente do próprio software das urnas.
Equipamentos de segunda e terceira geração possibilitam uma conferência da apuração totalmente independente do próprio software das urnas.
As autoridades eleitorais da Índia e do Brasil garantem que seus equipamentos são 100% seguros.Tanto na Índia, quanto no Brasil, convocaram supostos hackers para testar as urnas, mas como as condições eram restritivas lá e aqui só foram funcionários públicos, não houve sucesso.
Com gente capacitada, como os pesquisadores de Princeton, a urna indiana foi violada de diversas formas. O engenheiro Brunazo diz “ter certeza que as urnas brasileiras também não resistiriam a um ataque realizado por gente capaz.”
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