Do Blog da Cidadania
http://www.youtube.com/watch?v=kAAdXrdXSpM
A contragosto – porque o assunto é chato e inútil – e a pedido de um
amigo virtual assisti a uma peça publicitária que circula na internet.
No vídeo, um bando de playboys e socialites militontos –
autoproclamados “artistas”, mas que não passam de arroz-de-festa –
destilam baboseiras sobre a futura usina hidrelétrica de Belo Monte.
Por falta do que fazer, abraçaram causa pseudo “ecológica” e doaram
um tiquinho do tempo que passam torrando dinheiro em shoppings para
gravar um vídeo em que o bando de branquinhos, loirinhos de classe média
alta se atira à defesa de “índios” em uma peça que, se tirarem som e
legendas, facilmente pensarão que foi produzida na Noruega.
Gente que provavelmente, em boa parte, nunca viu um índio de perto
defendendo “índios”. Gente que só conhece por fotos a região da futura
usina dando ao governo a receita “brilhante” de que, em vez de construir
hidrelétricas, aumente o parque energético do país com energia “eólica”
ou “solar”. Um país que tem, “apenas”, 8.514.876 km²…
O bando de “atores” e “atrizes” da Globo, porém, não teve nenhum
surto de consciência social. Está apenas “trabalhando”, porque a mesma
grande mídia golpista, racista e de ultradireita que vive tentando
inventar um “apagão” como o que o ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso deixou acontecer, é contra Belo Monte.
O vídeo é uma empulhação do começo ao fim porque deixa a sensação de
que a usina hidrelétrica destruirá uma região que deve ser preservada,
sim, mas que tem que dar ao país ao menos essa tão necessária fração das
riquezas naturais que encerra. Fizeram o mesmo com as obras no Rio São
Francisco, pois são obras que colocarão o Brasil no século XXI.
Apesar de Lula ter investido pesadamente em geração de energia
elétrica de forma a reverter o desastre energético que herdou de FHC,
este país está no limite de sua capacidade de geração de energia. Em uma
década, se tanto, sem uma matriz energética ampliada este país para.
Não haverá energia eólica, solar ou nuclear que baste, sem novas
hidrelétricas.
Onde vamos construí-las? Na Barra da Tijuca ou nos Jardins, onde
habitam as socialites e playboys da tal peça publicitária que me
consumiu preciosos minutos da vida mortal?
Com a pujança econômica que este país vem exibindo em um mundo
embasbacado com ela por estar atravessando a pior crise econômica desde o
início do século passado, não construir hidrelétricas capazes de
sustentar esse crescimento, sobretudo em um país tão carente de redução
da pobreza, seria um crime de lesa-pátria igual ao que cometeu FHC.
Que fique claro: para um país deste tamanho, energia hidrelétrica é a
única alternativa de curto prazo, sendo as energias nuclear, eólica ou
solar um legítimo delírio, porque jamais haveria como suprir dessa forma
uma demanda energética que cresce em escala geométrica e que deve
crescer ainda mais rapidamente nos próximos anos.
Não precisam acreditar em mim. Busquem informação com qualquer
especialista e perguntem se há como suprir com energia nuclear, vento ou
luz do sol a demanda descomunal por energia que tem hoje o país. É uma
farsa, pois, acenarem com moinhos de vento ou com caríssimos painéis
solares equipando casas, fábricas, comércio, hospitais etc.
O que revolta mesmo, porém, é usarem “os índios”. Será que um país
deste tamanho não tem condições de oferecer outro local para as
populações daquela região? Claro que se fosse verdadeira essa empulhação
dos empregados da Globo de que o governo pretende jogar “os índios” no
meio da rua, eu estaria entre os primeiros a cobrar consciência social.
Mas é mentira.
Toda essa farsa se explica porque, ao lado do fracasso da Copa de
2014 ou de uma recessão causada pela crise internacional, um “apagão”
energético neste governo, de preferência igual ou pior do que o
produzido pela inépcia de FHC, está entre os objetos de desejo dessa
direita insana que tenta recuperar o poder ao custo da literal sabotagem
do país.
Se alguém quiser perder algum tempo de sua vida, eis, abaixo, essa peça patética que me fizeram assistir
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