segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Sem Conexão? Duvido

Brasília Confidencial No 302

Dois atentados e o incêndio de 13 automóveis, entre a manhã de sábado e a madrugada de domingo, despertaram na população de São Paulo o temor de que esteja se repetindo a explosão de terror a que foi submetida em maio de 2006. As autoridades ainda não sabem a que e a quem atribuir as ações.

O primeiro atentado ocorreu na manhã de sábado e teve como alvo o comandante da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), tropa especial da Polícia Militar de São Paulo. O tenente-coronel Paulo Telhada foi atacado por volta das 11 horas quando saía da garagem de casa, na zona norte paulistana, por dois homens que atiraram de um carro. O coronel se protegeu dentro da caminhonete em que estava e não foi atingido.
 
Pouco antes das 4h de domingo, o quartel da Rota, localizado no centro de São Paulo e ao lado da sede da corporação, foi alvejado por vários disparos igualmente feitos por dois homens. Depois de ouvirem os primeiros tiros, policiais saíram do quartel, trocaram tiros com os atacantes e balearam um deles, que morreu quando era atendido num pronto socorro. Frank Ligieri Sons tinha 33 anos, já havia cumprido pena por roubo e lesão corporal e fora libertado em fevereiro. O outro atacante conseguiu fugir. A PM apreendeu uma arma e um coquetel molotov no local.
 
O ataque ao quartel - sem precedentes em quase 40 anos -foi antecedido do incêndio de 13 veículos em sete bairros da zona leste paulistana. Os carros foram incendiados entre meia noite e 3h40min. Alguns, segundo a PM, eram carcaças estacionadas na rua.

A Polícia Militar, a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros estão em alerta. O governador Alberto Goldman, em entrevista à Rádio Jovem Pan, descartou que esteja em curso uma nova onda de atentados da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), que controla os presídios paulistas.
 
"Eu não acredito que haja essa possibilidade. Mesmo que seja possibilidade zero, ou quase zero, eu acho que é obrigação nossa estarmos preparados para qualquer eventualidade. Estamos preparados e não acredito que possam, de qualquer forma, se repetir os episódios que nós tivemos em 2006".

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