Brasília Confidencial No 303
As primeiras investigações da Polícia Civil indicam que pode ter havido uma retaliação da facção criminosa Primeiro Comando da Capital - PCC. Nas últimas semanas a PM prendeu alguns líderes do PCC, matou outro e apreendeu uma carga de cocaína que pertenceria à facção. E, no dia 29, mais um criminoso ligado ao grupo, José Ronaldo da Silva, foi morto por dois policiais da Rota, durante um assalto. Os policiais descobriram, então, que ele tinha uma submetralhadora e uma pistola calibre 45 de uso restrito das Forças Armadas, sem numeração. Além disso, exibia no corpo tatuagens com símbolos do PCC.
O ataque ao quartel da Rota na madrugada de domingo, segundo a polícia, teve características de ação suicida, porque o atacante que foi morto, Frank Ligieri Sons, se expôs à reação dos PMs com chances mínimas de sobreviver. Policiais acreditam que Frank, recém-saído da cadeia, estava em dívida com o PCC e foi obrigado a cumprir a missão. Frank era acusado de ter estuprado a filha, cujo nome tinha tatuado no peito. Há suspeita de que foi da arma que estava com ele que saíram os 12 disparos feitos na manhã de sábado contra o comandante da Rota, tenente-coronel Paulo Telhada.
Um terceiro detalhe divulgado ontem ajuda a caracterizar a onda de ataques contra a PM. Era no depósito policial de carros apreendidos, na zona leste de São Paulo, que estava a maioria dos quase 15 veículos incendiados na madrugada de domingo.
Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, o comandante da Rota afirmou que "as ações foram realizadas a mando de expoentes do crime organizado".
ENQUANTO ISSO...
Pelo menos oito pessoas foram mortas pela polícia paulista entre a manhã de domingo e o início da noite passada, no que seria um revide das forças estaduais de segurança aos atentados de que foram alvos o comandante e o quartel da tropa especial da PM, na manhã de sábado e na madrugada de domingo.
Todos os oito assassinatos foram registrados como auto de resistência ou resistência seguida de morte.
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