quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Polêmica envolvendo Psicólogos

Brasília Confidencial No 304

O Ministério Público Federal no Rio Grande do Sul abriu inquérito para apurar a validade de uma resolução publicada pelo Conselho Federal de Psicologia, no início de julho, que proíbe os profissionais que trabalham nas cadeias de realizar exame criminológico nos presos. O exame, que é determinado por um juiz, avalia se o detento não mais oferece riscos para a sociedade e, portanto, pode ganhar liberdade condicional ou passar para o regime semiaberto.

O conselho alega que os psicólogos têm pouco tempo para preparar o laudo, trabalham em condições impróprias e nem sempre a avaliação permite prever como o preso se comportará depois de liberado. Eles citam o caso do pedreiro Adimar Silva. O exame criminológico permitiu que ele fosse beneficiado com o regime de progressão da pena em 2009. Livre, Adimar matou seis jovens, em menos de um mês, na cidade goiana de Luziânia, próxima a Brasília.

Os promotores gaúchos entendem que a proibição do Conselho de Psicologia é ilegal e aumenta o risco de que a Justiça, sem os laudos, libere mais criminosos violentos. Na avaliação do MP, é pouco mudar o regime de detenção de um preso com base apenas no comportamento dele e no tempo de pena cumprido.

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